O DOCE AMARGO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO NO CULTIVO DE CANA-DE-AÇUCAR NO MUNICÍPIO DE ITABERAÍ-GOIÁS


Monografia apresentada pela acadêmica Ana Michelle Ferreira Tadeu dos Santos a Universidade Estadual de Goiás no ano de 2011 na Cidade de Goiás -GO, com orientação da Professora Msc. Francilane Eulália de Souza.
 


RESUMO (retirado na integra do trabalho) 


O objetivo nessa pesquisa foi entender os impactos sociais causados pelo cultivo da cana de-açúcar, retratando a atual situação do trabalhador canavieiro no panorama desse cultivo frente ao agronegócio no município de Itaberaí. Norteada por esse objetivo, visando análise acerca do tema, foram realizadas discussões sobre a crescente demanda da cana-de açúcar no Brasil. Nesse sentido, realizamos discussões sobre o território, agronegócio e trabalho assalariado no campo que constituem as relações trabalhistas no cultivo da lavoura de cana-de-açúcar. Partindo da dinâmica territorial, no qual engloba esse agronegócio, priorizamos as análises sobre o território sucroalcooleiro, que contribui para a expansão da fronteira agrícola canavieira e também para a precarização das condições dos trabalhadores que compõe o corte da cana. Nesse processo a metodologia empregada foi a pesquisa bibliográfica, assim como a coleta de dados e informações em jornais, revistas em meio eletrônico para analisar como se constitui o território do agronegócio ligado a monocultura da cana-de-açúcar no Estado de Goiás e no município de Itaberaí. Realizamos pesquisa de campo no município de Itaberaí, particularmente no sindicato dos trabalhadores rurais, com os trabalhadores do corte da cana no terminal do trabalhador rural Luiz A. Ório e com um "gato" para entender como se estabeleceu a relação de trabalho presente no canavial. Após análises e reflexões, percebemos que a superexploração é uma constante no quadro que compõe o doce amargo nas relações de trabalho no cultivo da lavoura de cana-de-açúcar, essa é marcada pela degradação do trabalho, e logo do trabalhador. Nesse sentido o açúcar e o álcool são doces para o agronegócio a custa da amargura que é posto ao trabalhador.
Palavras-chave:

Trabalhador. Agronegócio. Território. Superexploração. Relações de Trabalho.
 


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